relógios: dias de areia: segundos de chuva: Instalação realizada para a exposição individual de mesmo nome ocorrida na Central Galeria de Arte, São Paulo, 2015. Elementos utilizados: vídeo, quatro paus-de-chuva em acrílico (100cm, 120cm, 140cm e 160cm x 5cm x 5cm), dois recortes em vinil adesivo. |
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A instalação é constituída por um vídeo que mostra algumas mãos segurando areia, fazendo-a deslizar e transferindo-a para outras mãos, mudando de posição ao longo desse processo (como uma espécie de relógio de areia, uma ampulheta). Além disso, é composta também por quatro instrumentos (paus-de-chuva) em acrílico preto com sinais de pontuação em branco, possuindo diferentes alturas (1m, 1,20m, 1,40m e 1,60m), e por pontuações em vinil cinza claro adesivadas na arquitetura da sala. Os sons dos paus-de-chuva constituem um tipo de trilha sonora que dialoga com o vídeo na instalação e são produzidos pelos visitantes que manipulam eles mesmos esses instrumentos. Essa trilha sonora não está subordinada às imagens, não é uma ilustração, tampouco está em sincronia com elas. As relações são mútuas, e podem ser invertidas – o som para a imagem, a imagem para o som. Podemos observar aqui os aspectos de descontinuidade, de contraste e de heterogeneidade do som em relação às imagens dos vídeos, bem como a forma direta, pessoal, física e experimental de produzi-lo. Ao manipularmos o instrumento, ocorre a lenta transferência das minúsculas esferas situadas no seu interior, de uma extremidade à outra, em uma alternância de movimento e de posição similar à transferência da areia de uma parte do recipiente para o outro em uma ampulheta. Hélio Fervenza Vídeo sobre o processo de criação da instalação: Vídeo realizado durante a exposição, com registro de experimentações sonoras: https://vimeo.com/143086668 |
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